Freud já dizia, "...precisamos amar
para não adoecer..." porem, amor é muito diferente de dependência.
O amor é um sentimento amplo e
engloba não só um relacionamento amoroso, mas também um relacionamento com você
mesmo e o mundo.
Amar, portanto, pode ser olhado como
amar quem você é, amar suas fraquezas, amar seus medos, amar sua vontade de
crescer, amar suas escolhas, amar sua vida, amar as pessoas de sua vida e amar
seu parceiro.
Uma das queixas mais comum no
consultório é a ansiedade e a depressão, mas o que venho percebendo é que no
meio disso existem muitos problemas amorosos, problemas nos relacionamentos;
algumas pessoas se anulam em meio a estes relacionamentos, e podem estar se
anulando em outros aspectos da vida também, como na vida profissional, social,
e principalmente consigo mesmo, ao ponto de se perder.
Todos nós precisamos nos relacionar e
nos sentirmos amados, porém nenhuma pessoa pode ser responsável totalmente pela
nossa felicidade, porque caso contrário o amor pode se transformar em
dependência.
Somos seres que se relacionam, e
nossos vínculos fortalecem nossa autoestima, muitas vezes são eles que nos dão
suporte quando não temos força, e são com eles que queremos dividir nossas
alegrias também.
É comum muita gente em um
relacionamento apresentar INSEGURANÇA. Vamos pensar que pode ser uma
insegurança imaginária apenas, que aparece por questões inconscientes da
própria pessoa, ou pode ser uma insegurança real, porque o parceiro tem maneiras de
ser que despertam esta insegurança. E muitas pessoas acabam se perdendo neste
ponto, com medo de perder seu parceiro, se perdem.
Perdem-se ao ponto de perderem sua espontaneidade,
seus interesses e suas vontades. E isso em longo prazo gera muito sofrimento e
muito peso, pois é muito difícil carregar uma “máscara” em nós mesmo o tempo
todo.
É interessante notar que casais que
levam a vida com respeito um com o outro, com respeito no jeito de cada um ser,
na admiração, no compartilhamento das alegrias e numa boa comunicação, tem mais
chance de darem certo e serem verdadeiros um com o outro. Pois o relacionamento
fica leve.
A psicoterapia ajuda as pessoas a
trazerem para a consciência estas questões, que podem muitas vezes estar na
ordem inconsciente (a própria pessoa não percebe que esta se anulando e se
perdendo), o que pode aparecer na consciência é a sensação de vazio, o choro, a
raiva "sem motivo", a intolerância, a baixa autoestima, o desânimo, a falta de
amor próprio, ansiedades e tristezas ou podem surgir sintomas de base física,
como dores de cabeça, dores de estômago, problemas de pele entre outros.
Quando existem conflitos, existem
sintomas, a princípio um pode não fazer sentido ao outro, mas somos seres
simbólicos e como diria Jung, "só aquilo que realmente somos tem o poder de nos curar". Estamos integrados corpo e mente, se a boca não fala o
corpo fala.
Na psicoterapia a pessoa começa uma autoanálise, um autoconhecimento e
desperta para seus próprios valores e seus próprios medos. Assim pode fortalecer a sua autoestima, tornando-o mais segura e forte. Quando a pessoa começa a gostar de si mesma, aprende a cuidar de suas próprias feridas. Quando nos amamos, procuramos pessoas que nos valorizem e nos respeitem pelo que somos.
Aprove-se mais, permita
errar e aprender com os erros, e principalmente se ame sempre.
“Acreditamos que
é preciso desistir de algo para conseguir outra coisa. Acreditamos nisso
especialmente em relação ao amor. Não entendemos que o amor é crescimento, é
realização de potencial — ser mais quem você é, fazer melhor o que faz,
acreditar com mais convicção e tomar mais posse do que tem. Infelizmente,
achamos que podemos nos unir a outras pessoas antes de nos unirmos a nós
mesmos. Isso é absolutamente impossível. Você não irá receber amor de fora
enquanto não for amor por dentro”. (Iyanla
Vanzant)
Muito bom!
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