Empatia


Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, não implicando compaixão.

É uma das habilidades sociais da qual é alimentada e desenvolvida pelo auto-conhecimento, quanto mais consciente estivermos de nossas emoções, mais facilmente poderemos entender os sentimentos alheios e compreende-los.
Esta capacidade – de compreender como o outro se sente – entra no jogo em vários aspectos da vida, nas práticas comerciais e profissionais, na administração, nos relacionamentos, na paternidade, na ação política, entre outros.
Algumas vezes, as emoções das pessoas não são postas em palavras, com frequência são expressas por canais não verbais: como o tom da voz, gestos, expressão facial, etc.

Estudos sugerem que as origens da empatia podem ser identificadas já na infância. Praticamente quando um bebê escuta outro bebê chorando, ele tende a ficar pertubado e chorar também – uma reação que alguns encaram como o primeiro indicador de empatia que a partir deste momento se desenvolverá até sua vida adulta. Bebês já são solidários diante da angustia dos outros, sentindo como se aquele sofrimento estivesse acontecendo com eles próprios, a partir do primeiro ano, eles começam a compreender que aquele sofrimento não é dele, mas do outro.

Falta de empatia
Diferente de pessoas que apresentam empatia os alexitímicos são pessoas com grande dificuldade de expressar e compreender seus sentimentos e consequentemente o sentimenstos alheios. Apresentam grande dificuldade em se colocar no lugar do outro. Confusos de seus próprios sentimentos, os alexitímicos ficam completamente perdidos quando se trata de saber o que as pessoas a sua volta estão sentindo. Esta incapacidade de registrar os sentimentos dos outros significa que existe um grande déficit de inteligência emocional e uma falha no entendimento do que significa ser humano.

Ser empático é algo natural do ser humano, e seu desenvolvimento é continuo.
Só temos que ter cuidado para o excesso não nos afetar, se ao nos dedicarmos aos outros estivermos nos abandonando, mais à frente teremos de nos confrontar com as conseqüências desta atitude. Reconhecer nossos limites e necessidades é tão saudável quanto a motivação de querer superá-los. É preciso deixar claro que ter empatia não tem nada a ver com a necessidade compulsiva de realizar os desejos alheios, mas sim compreende-los e se caso for possível ajudar. A troca equilibrada entre ceder e requisitar, dar e receber afeto e atenção nos aproxima de modo saudável das pessoas que nos cercam sem corrermos o risco de criar vínculos destrutivos.
A empatia começa com a capacidade de estarmos bem conosco mesmos, de reconhecermos o que não gostamos em nós e admirarmos nossas qualidades. Quanto melhor tivermos sido compreendidos em nossas necessidades e sentimentos quando éramos crianças, melhor saberemos reconhecê-las quando adultos. Entrar em contato com os próprios sentimentos é a base para desenvolver a empatia.

Como alguém que desconhece suas próprias necessidades poderá entender as necessidades alheias?
Fonte: Goleman, Daniel ph.D - Inteligência Emocional;
Cesar, Bel - Empatia: uma atitude naturalmente saábia e compassiva